em sol afogado ao seco
sinto febre de querer ir longe
quando não estou
estou lá
quando os olhos fogem
é lá que estou
em águas mais calmas me aprofundo
e socego é uma bóia que paquero de baixo
quero quanto não posso
pendura
que hoje ta osso
preço da vida que passa
troco da vida que levo
treco estranho é ser suscinto
Desculpa, Leminski,
é o que sinto
perco minhas costas de vista
e vou lá
perco a calma, as estribeiras, a vergonha, a chave de casa, a hora, a cabeça, a partida, a guerra
e vou lá
enquanto fico
enquanto fico
farejando a saudade
de dentro de mim
simples assim
como um ésse um íh e um ême
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